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Dra. Marina Fantini

A importância da atividade física na infância para saúde cardiovascular

A importância da atividade física na infância para saúde cardiovascular

A prática regular de atividade física na infância desempenha um papel essencial na promoção da saúde cardiovascular.

O sedentarismo infantil tem aumentado nas últimas décadas, contribuindo para doenças como obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia, que podem levar a complicações cardiovasculares na vida adulta.

atividades físicas para crianças

Benefícios das atividades físicas na infância para o coração

A prática regular de atividade física na infância proporciona diversos benefícios ao sistema cardiovascular infantil:

  • Fortalecimento do músculo cardíaco, melhorando sua eficiência e capacidade de bombeamento sanguíneo.
  • Aumento da capacidade cardiorrespiratória, promovendo uma melhor oxigenação dos tecidos.
  • Redução da pressão arterial, prevenindo o desenvolvimento de hipertensão arterial na vida adulta.
  • Melhoria na função endotelial, contribuindo para a saúde dos vasos sanguíneos e prevenindo doenças arteriais futuras.
  • Redução dos níveis de colesterol e glicemia, prevenindo complicações metabólicas.
  • Redução do risco de arritmias, melhorando a regularidade dos batimentos cardíacos.
  • Promoção do equilíbrio do sistema nervoso autônomo, favorecendo uma resposta mais adequada ao estresse físico e emocional.

Além dos benefícios cardiovasculares, a atividade física na infância desempenha um papel crucial no desenvolvimento físico e intelectual das crianças:

  • Fortalecimento dos ossos e músculos, prevenindo doenças como osteoporose no futuro.
  • Melhoria da coordenação motora e do equilíbrio, auxiliando no desenvolvimento das habilidades motoras.
  • Estimulação do crescimento adequado, ajudando na regulação hormonal e na formação óssea.
  • Desenvolvimento cognitivo, favorecendo a concentração, memória e aprendizado escolar.
  • Melhora na qualidade do sono, essencial para o crescimento e bem-estar da criança.
  • Promoção do bem-estar mental, reduzindo estresse, ansiedade e sintomas de depressão, melhorando a autoestima e o relacionamento interpessoal.

Recomendações de atividade física na infância por faixa etária

A prática de atividades físicas na infância deve ser adaptada à idade e ao desenvolvimento da criança.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as recomendações de atividade física por faixa etária incluem:

Bebês (0 a 1 ano)

  • Devem ser incentivados a se movimentar várias vezes ao dia.
  • Atividades como engatinhar, rolar, brincar no chão e explorar espaços seguros são essenciais para o desenvolvimento motor.
  • Brinquedos coloridos e interativos ajudam a estimular os movimentos.

Crianças pequenas (1 a 5 anos)

  • Devem praticar pelo menos 3 horas de atividades físicas ao longo do dia.
  • Atividades lúdicas como correr, pular, escalar, dançar e brincar com bola são ideais.
  • Jogos ao ar livre, como pega-pega e esconde-esconde, estimulam a coordenação e o convívio social.

Crianças em idade escolar (6 a 12 anos)

  • Devem praticar pelo menos 60 minutos diários de atividades aeróbias moderadas a intensas.
  • Esportes organizados, como futebol, basquete, judô e ginástica, são boas opções.
  • Andar de bicicleta, patins, pular corda e nadar são atividades recomendadas.
  • É importante variar os tipos de exercícios para trabalhar diferentes grupos musculares.

Adolescentes (13 a 17 anos)

  • Devem realizar pelo menos 60 minutos diários de atividade moderada a intensa.
  • Musculação e esportes competitivos podem ser introduzidos, respeitando a individualidade e o desenvolvimento do adolescente.
  • Práticas como corrida, ciclismo e esportes coletivos ajudam na socialização e na saúde emocional.
  • Exercícios de fortalecimento muscular, como treinamento funcional e ioga, também são benéficos.

Como incentivar hábitos saudáveis desde cedo

  • Seja um exemplo: Crianças aprendem pelo exemplo dos pais.
  • Incentive brincadeiras ao ar livre: Pular corda, andar de bicicleta e jogos esportivos são excelentes opções.
  • Limite o tempo de telas: Estabeleça um tempo máximo para televisão, videogames e celulares.
  • Matricule em esportes: Atividades em grupo ajudam na disciplina e na socialização.

atividade física na infância

Precauções e contraindicações

Antigamente, a atividade física era amplamente restringida para crianças com cardiopatias congênitas por medo de complicações.

No entanto, com os avanços da medicina, sabemos hoje que movimentar o corpo é fundamental, e o exercício é altamente recomendado quando adequado ao perfil do paciente e da cardiopatia.

A 36ª edição da Conferência de Bethesda sobre atividades físicas tem sido a referência das recomendações sobre a prática de esportes para pacientes cardiopatas desde 2005.

De acordo com essa diretriz:

  • Cardiomiopatia hipertrófica – Pacientes devem evitar esportes competitivos e atividades de alta intensidade devido ao risco aumentado de arritmias fatais. Atividades leves a moderadas, como caminhadas e ioga, são geralmente seguras.
  • Anomalia de Ebstein – Pode haver limitação no esforço físico devido à regurgitação tricúspide e arritmias associadas. Caminhadas e atividades recreativas de baixo impacto são recomendadas.
  • Coarctação da aorta – Atividades de alta intensidade que elevam a pressão arterial, como levantamento de peso e esportes de contato, devem ser evitadas. Exercícios aeróbicos moderados, como natação e ciclismo, são preferíveis.
  • Tetralogia de Fallot – Dependendo do status pós-cirúrgico e da saturação de oxigênio, algumas restrições podem ser necessárias. Atividades recreativas de baixa intensidade são incentivadas.
  • Síndrome de Marfan – Esportes de contato e levantamento de peso são contraindicados devido ao risco de dissecção da aorta. Natação e ciclismo são opções seguras.
  • Arritmias hereditárias (Síndrome de Brugada, QT longo) – Pacientes com histórico de síncope ou arritmias devem evitar atividades de alta intensidade e esportes competitivos. Exercícios leves a moderados podem ser seguros sob monitoramento médico.

Cada criança com doença cardíaca deve ser avaliada individualmente por um cardiologista pediátrico para determinar quais atividades são seguras.

A abordagem moderna prioriza a inclusão da atividade física, garantindo que cada criança tenha a oportunidade de se movimentar de forma segura e saudável.

Para mais informações sobre esses temas, acesse os links dentro do nosso site.

Papel dos pais e educadores na promoção da saúde

Os pais são os principais exemplos para os filhos, e sua atitude em relação à atividade física influencia diretamente os hábitos das crianças.

Mesmo os pais que não têm o costume de praticar esportes podem utilizar essa demanda para iniciar um estilo de vida mais ativo e saudável.

  • Atividades físicas em conjunto são uma excelente forma de promover a saúde cardiovascular da família, além de fortalecer os laços afetivos.
  • Passeios de bicicleta, caminhadas, brincadeiras ao ar livre e jogos esportivos são oportunidades para que pais e filhos se exercitem juntos.
  • As escolas e educadores também têm papel essencial na promoção da atividade física, garantindo um ambiente adequado para a prática esportiva e incentivando a participação das crianças em esportes e recreações.
  • Redução do tempo de telas e substituição por momentos de lazer ativo contribuem significativamente para a formação de hábitos saudáveis.

Criar uma cultura de movimento e incentivar a prática esportiva desde a infância impacta diretamente na saúde cardiovascular e na qualidade de vida ao longo da vida.

O envolvimento da família e da escola é fundamental para esse processo.

papel dos pais no incentivo à prática de atividades físicas

Perguntas frequentes sobre atividade física na infância e saúde do coração:

Quais exercícios são mais indicados para crianças com problemas cardíacos?

A escolha do exercício depende da condição específica da criança. Em geral, atividades de baixo impacto são as mais recomendadas.

Caminhadas, natação e ioga são opções seguras para a maioria das cardiopatias, pois promovem condicionamento físico sem sobrecarga cardíaca excessiva.

Crianças com cardiopatias congênitas devem ser avaliadas por um cardiologista pediátrico para determinar se podem praticar esportes de maior intensidade, como corrida ou futebol.

Além disso, atividades como ciclismo e dança podem ser boas alternativas, desde que a criança seja monitorada para evitar fadiga excessiva.

Como saber se meu filho está se exercitando na intensidade correta?

Monitorar a intensidade do exercício é fundamental para garantir que a criança esteja se beneficiando da atividade física sem riscos.

A escala de percepção de esforço pode ser um bom indicador: se a criança consegue conversar normalmente durante a atividade, ela está em uma zona de esforço moderado.

Caso ela tenha dificuldade para falar ou apresente sinais como cansaço excessivo, tontura, dor no peito, palidez ou falta de ar intensa, a atividade deve ser interrompida.

Em crianças cardiopatas, o uso de monitores de frequência cardíaca pode auxiliar na adequação do esforço.

O ideal é que os pais e professores incentivem atividades graduais, aumentando a intensidade progressivamente e respeitando os limites da criança.

O coração da criança atleta é diferente? Precisa de avaliação especial?

Sim, o coração da criança atleta pode apresentar adaptações fisiológicas em resposta ao treinamento esportivo regular.

Esse fenômeno, conhecido como coração do atleta, é caracterizado por um aumento do tamanho do coração, espessamento das paredes ventriculares e bradicardia fisiológica (frequência cardíaca mais baixa em repouso).

Essas mudanças são normais e indicam uma adaptação saudável ao esforço físico.

Entretanto, é fundamental que crianças envolvidas em esportes competitivos ou de alta intensidade passem por uma avaliação cardiológica especializada antes de iniciar a prática esportiva.

Exames como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e teste ergométrico podem ser recomendados para identificar possíveis condições cardíacas silenciosas, como cardiomiopatia hipertrófica, síndrome do QT longo e outras arritmias hereditárias, que podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares graves durante o esforço físico.

Além disso, pais e treinadores devem estar atentos a sinais de alerta como tontura frequente, desmaios inexplicáveis, dor torácica durante o exercício e histórico familiar de morte súbita.

Se algum desses sintomas estiver presente, a criança deve ser avaliada por um cardiologista pediátrico antes de continuar suas atividades esportivas.

Embora a grande maioria das crianças ativas tenha um coração saudável, uma triagem cardiológica adequada ajuda a garantir que a prática esportiva ocorra com segurança e sem riscos desnecessários.

Onde fazer uma avaliação cardiológica infantil em Belo Horizonte

Dra. Marina Fantini é altamente qualificada e carrega consigo um amplo conhecimento nas áreas de pediatria e cardiologia.

É coordenadora da Cardiologia Pediátrica e ECMO na Rede Mater Dei, CEO da Ecmo Minas, professora do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da pós-graduação no Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte.

É também membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Especialista em ECMO pela ELSO.

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Gislene Gonçalves

Gislene Gonçalves

"Dra Marina é sensacional! Excelente profissional e amorosa com as crianças! Encontrei dra Marina no momento mais complicado da vida da minha filha, que tem sindrome de Edwards, a Trissomia do 18. Dra Marina acreditou em minha filha Luísa e fez a bandagem da artéria pulmonar com dois meses de vida e foi um sucesso! Só tenho a agradecer por tudo!"

Michelle Lacerda

Michelle Lacerda

"Há 10 anos convivendo com cardiopediatras, tenho autoridade nessa opinião. Dra. Marina.. Um anjo de Deus na terra! Atenciosa.. Carinhosa.. Preocupa com o bem estar geral da família. Inteligentíssima! É a médica que fez medicina por amor. Super acessível. Atende nosso telefonema, responde nossas msgs. É a cardiopediatra que seu filho precisa!"

Eduarda Bretas

Eduarda Bretas

"Dra. Marina é uma médica excelente. Cuida da minha filha desde a vida fetal. Nos passa muita confiança, sempre atenciosa e cuidadosa. Minha filha tem cardiopatia congênita grave. Ja fez uma cirurgia com a equipe da Dra. Marina e deu tudo certo."

Karine Xavier

Karine Xavier

"Sem palavras para uma profissional tão humana, atenciosa e acima de tudo apaixonada pelo caminho que escolheu! Fomos acolhidos, escutados e direcionados de forma precisa!! Parabéns Dra Marina que Deus e Nossa Senhora te dê muita saúde para continuar exercendo sua profissão!"

Fábio Andrade

Fábio Andrade

"É uma profissional exemplar! Muito humana e competente. Não sou paciente, sou fã. Fazemos acompanhamento com ela mesmo morando a 360km de distância."

Christiane Soares

Christiane Soares

"Extremamente competente, atenciosa com os pais e pacientes, uma referência pra cardiologia pediátrica."