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Dra. Marina Fantini

Dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca infantil

Dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca infantil

A dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca infantil é um fenômeno esperado, mas que deve ser reconhecido, monitorado e tratado com precisão.

O controle adequado da dor não apenas melhora o conforto do paciente, mas também contribui para uma recuperação mais rápida, reduz complicações respiratórias, melhora a aceitação alimentar e favorece o vínculo com a família.

Na nossa rotina cirúrgica, todos os cuidados são pensados para que a criança não sinta dor, nem mesmo no início do processo anestésico.

A sedação é iniciada com muito carinho, e nenhuma manipulação dolorosa — nem mesmo a punção de veia periférica — é feita enquanto a criança está acordada.

Antes de qualquer procedimento, ela já está dormindo, acolhida por uma equipe treinada e sensível.

Além disso, nossos anestesistas realizam bloqueios regionais, como o bloqueio ESP (erector spinae plane block), que funcionam como uma analgesia local potente, proporcionando excelente controle da dor no pós-operatório imediato.

Esses cuidados fazem parte do nosso compromisso com um processo cirúrgico humanizado, confortável e seguro.

dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca infantil

Entendendo a dor no pós-operatório em crianças

Toda cirurgia cardíaca envolve manipulação extensa de tecidos, toracotomia, colocação de drenos, passagem por circulação extracorpórea e uso de tubos ou cateteres.

Mesmo com todo o cuidado da equipe cirúrgica, é natural que ocorra dor nas primeiras horas e dias após o procedimento.

Em crianças, a dor pode ser agravada pela dificuldade de comunicação e pelo medo do ambiente hospitalar.

É essencial entender que o alívio da dor não é apenas um dever ético — é parte fundamental da prática clínica de qualidade.

O controle inadequado da dor pode gerar taquicardia, hipertensão, retenção urinária, atelectasias e até cronificação da dor.

Também é importante que os pais saibam que choro nem sempre é sinal de dor. Muitas vezes, pode representar sede, fome, desconforto com o ambiente desconhecido ou mesmo saudade.

A observação atenta da equipe, combinada com o acolhimento dos pais, ajuda a identificar com precisão o que a criança está sentindo.

Sinais de dor em bebês e crianças pequenas

Bebês e crianças pequenas não conseguem relatar a dor da mesma forma que crianças maiores ou adultos.

Por isso, é fundamental observar sinais comportamentais e fisiológicos.

A equipe assistencial está treinada para reconhecer essas manifestações, mas o olhar atento da família também faz diferença.

Principais sinais de dor incluem:

  • Choro agudo, contínuo e difícil de consolar
  • Expressão facial de sofrimento (testa franzida, olhos semicerrados, boca contraída)
  • Postura enrijecida ou, ao contrário, imobilidade e falta de reação
  • Recusa alimentar ou amamentação ineficaz
  • Aumento da frequência cardíaca e respiratória
  • Alterações no sono (despertares frequentes ou sonolência excessiva)
  • Irritabilidade, gemência ou gemidos baixos persistentes

Em algumas situações, o desconforto pode ser confundido com dor, e vice-versa.

Por isso, utilizamos escalas específicas para avaliação da dor em cada faixa etária, como a FLACC (Face, Legs, Activity, Cry, Consolability) e a NIPS (Neonatal Infant Pain Scale).

Essas ferramentas ajudam a individualizar o tratamento, garantindo que cada criança receba o cuidado mais apropriado à sua necessidade.

sinais de dor em bebês e crianças

Manejo da dor: medicamentos e técnicas não farmacológicas

O tratamento da dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca infantil é realizado por meio de uma abordagem multimodal, que combina medicamentos com medidas de conforto físico e emocional.

Essa estratégia visa aliviar a dor, reduzir a ansiedade e acelerar o processo de recuperação.

Terapias farmacológicas incluem:

  • Analgésicos simples, como paracetamol e dipirona
  • Anti-inflamatórios não esteroidais (quando não há contraindicação)
  • Opioides (como morfina), em casos de dor intensa
  • Sedação leve em contextos específicos, sempre sob monitoramento intensivo

Técnicas não farmacológicas incluem:

  • Contato pele a pele e aconchego com os pais
  • Amamentação ou uso de soluções adocicadas para bebês
  • Posicionamento confortável e uso de travesseiros ou suportes
  • Estímulos calmantes, como música suave, vídeos, brinquedos sensoriais
  • Aromaterapia e massagens leves, quando indicadas

No nosso serviço, a participação dos pais no controle da dor é um diferencial.

Incentivamos que eles permaneçam o máximo de tempo possível ao lado dos filhos.

Muitos se deitam com as crianças ou ficam de mãos dadas durante os momentos de desconforto.

Esse contato direto transmite segurança, reduz o estresse e contribui de forma significativa para o alívio da dor.

A presença afetiva familiar é reconhecida como uma forma terapêutica complementar, especialmente em um ambiente tão sensível quanto o pós-operatório de uma cirurgia cardíaca.

Esse cuidado conjunto — técnico e afetivo — é parte fundamental da nossa filosofia de humanização, que vê a dor da criança não apenas como um sintoma, mas como uma experiência que deve ser acolhida, compreendida e tratada com excelência e empatia.

cardiologista pediátrica

Importância da equipe médica no controle da dor

O controle da dor no pós-operatório exige conhecimento técnico e sensibilidade.

A equipe médica — composta por cardiologistas pediátricos, anestesistas, intensivistas, enfermeiros e fisioterapeutas — trabalha de forma coordenada para avaliar continuamente o nível de dor, ajustar o plano terapêutico, prevenir efeitos adversos e garantir conforto e segurança ao paciente.

Além disso, todos os profissionais estão treinados para identificar manifestações não verbais de dor e reconhecer quando a criança precisa de intervenção.

O manejo da dor não é responsabilidade de um único profissional, mas de todo o time assistencial.

Como os pais podem auxiliar no alívio da dor do filho

A presença dos pais é um fator protetor no processo de recuperação. Mesmo na UTI, o contato afetivo proporciona estabilidade emocional e fisiológica.

Os pais podem contribuir:

  • Reconhecendo alterações no comportamento e relatando à equipe
  • Participando de atividades de conforto (segurar no colo, cantar, conversar)
  • Oferecendo carinho e companhia em momentos difíceis
  • Mantendo a calma e transmitindo segurança à criança

Acreditamos que os pais são parte essencial do cuidado.

Por isso, integramos a família de forma ativa, respeitando seus limites e incentivando sua presença contínua.

Perguntas frequentes sobre dor no pós-operatório cardíaco em crianças

É normal a criança sentir dor após a cirurgia cardíaca?

Sim. A dor é uma resposta natural a qualquer procedimento cirúrgico. O importante é que essa dor seja reconhecida e tratada.

Em nosso serviço, usamos estratégias para minimizar a dor desde o início do processo anestésico até a recuperação completa.

O objetivo é garantir conforto sem comprometer a segurança e a recuperação da criança.

Quais são os métodos utilizados para aliviar a dor no pós-operatório?

Utilizamos uma combinação de abordagens farmacológicas (como analgésicos, opioides e anti-inflamatórios) e técnicas não farmacológicas (como aconchego dos pais, posicionamento confortável, música, estímulos visuais e envolvimento emocional).

O bloqueio regional anestésico, como o bloqueio ESP, também é parte da rotina no intraoperatório, contribuindo significativamente para o alívio da dor nas primeiras horas após a cirurgia.

Quanto tempo dura a dor após a cirurgia cardíaca infantil?

A dor é mais intensa nas primeiras 48 a 72 horas após a cirurgia, período em que o controle é feito com medicações intravenosas e apoio contínuo da equipe.

Com a retirada de drenos, sondas e acessos, a dor tende a diminuir gradualmente.

A maioria das crianças apresenta melhora significativa após o 3º ou 4º dia de pós-operatório, e o controle pode ser mantido por via oral, se necessário, mesmo após a alta hospitalar.

Cada criança é única, e o tempo de dor pode variar conforme o tipo de cirurgia e o perfil individual.

Qual especialista consultar em caso de necessidade de cirurgia cardíaca infantil

Dra. Marina Fantini é altamente qualificada e carrega consigo um amplo conhecimento nas áreas de pediatria e cardiologia.

É coordenadora da Cardiologia Pediátrica e ECMO na Rede Mater Dei, CEO da Ecmo Minas, professora do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da pós-graduação no Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte.

É também membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Especialista em ECMO pela ELSO.

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Gislene Gonçalves

Gislene Gonçalves

"Dra Marina é sensacional! Excelente profissional e amorosa com as crianças! Encontrei dra Marina no momento mais complicado da vida da minha filha, que tem sindrome de Edwards, a Trissomia do 18. Dra Marina acreditou em minha filha Luísa e fez a bandagem da artéria pulmonar com dois meses de vida e foi um sucesso! Só tenho a agradecer por tudo!"

Michelle Lacerda

Michelle Lacerda

"Há 10 anos convivendo com cardiopediatras, tenho autoridade nessa opinião. Dra. Marina.. Um anjo de Deus na terra! Atenciosa.. Carinhosa.. Preocupa com o bem estar geral da família. Inteligentíssima! É a médica que fez medicina por amor. Super acessível. Atende nosso telefonema, responde nossas msgs. É a cardiopediatra que seu filho precisa!"

Eduarda Bretas

Eduarda Bretas

"Dra. Marina é uma médica excelente. Cuida da minha filha desde a vida fetal. Nos passa muita confiança, sempre atenciosa e cuidadosa. Minha filha tem cardiopatia congênita grave. Ja fez uma cirurgia com a equipe da Dra. Marina e deu tudo certo."

Karine Xavier

Karine Xavier

"Sem palavras para uma profissional tão humana, atenciosa e acima de tudo apaixonada pelo caminho que escolheu! Fomos acolhidos, escutados e direcionados de forma precisa!! Parabéns Dra Marina que Deus e Nossa Senhora te dê muita saúde para continuar exercendo sua profissão!"

Fábio Andrade

Fábio Andrade

"É uma profissional exemplar! Muito humana e competente. Não sou paciente, sou fã. Fazemos acompanhamento com ela mesmo morando a 360km de distância."

Christiane Soares

Christiane Soares

"Extremamente competente, atenciosa com os pais e pacientes, uma referência pra cardiologia pediátrica."