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Dra. Marina Fantini

Valva Aórtica Bicúspide: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

Valva Aórtica Bicúspide: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

A valva aórtica bicúspide (VAB) é uma anomalia congênita caracterizada pela presença de duas cúspides (ou folhetos) na valva aórtica ao invés das três cúspides normais.

Essa condição é uma das anomalias cardíacas congênitas mais comuns, afetando cerca de 1% a 2% da população, sendo mais prevalente no sexo masculino, com uma relação de 3:1.

A VAB pode levar a complicações significativas ao longo da vida, especialmente se não for diagnosticada e gerenciada adequadamente.

Valva Aórtica Bicúspide

Causas da Valva Aórtica Bicúspide

A causa exata da VAB ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenham papéis significativos.

Estudos sugerem uma herança autossômica dominante com penetrância variável, o que significa que a condição pode ser transmitida de pais para filhos, mas nem todos os portadores do gene anômalo desenvolverão a VAB.

Anomalias em genes específicos, como NOTCH1, têm sido associadas à formação de válvulas bicúspides.

Alguns dos fatores ambientais que podem influenciar esse processo incluem a exposição materna à toxinas, nutrição inadequada durante a gravidez, e as infecções virais e bacterianas durante a gravidez (principalmente rubéola, citomegalovírus e o parvovírus B19).

Manifestações Clínicas

As manifestações clínicas da VAB podem variar amplamente.

Alguns pacientes podem permanecer assintomáticos durante grande parte da vida, enquanto outros podem apresentar sintomas desde a infância.

As manifestações incluem:

  • Sopro cardíaco detectado durante um exame físico de rotina.
  • Fadiga ou cansaço fácil.
  • Dor torácica.
  • Tonturas ou desmaios (síncope).
  • Insuficiência cardíaca em casos mais graves.

Diagnóstico da Valva Aórtica Bicúspide

O diagnóstico da VAB geralmente é feito por meio de exames de imagem cardíaca, sendo a ecocardiografia o método de escolha.

Este exame permite a visualização direta da valva e a avaliação de sua estrutura e função.

Outros exames que podem ser utilizados incluem:

  • Ecocardiograma transesofágico (ETE) para uma visão mais detalhada.
  • Ressonância magnética cardíaca (RMC) para avaliar a aorta e a função ventricular.
  • Tomografia computadorizada (TC) do coração.

Complicações

A VAB pode levar a várias complicações, tais como:

  • Estenose aórtica: O estreitamento da valva que pode dificultar o fluxo sanguíneo do coração para a aorta.
  • Insuficiência aórtica: A regurgitação de sangue da aorta de volta para o ventrículo esquerdo devido ao fechamento inadequado da valva.
  • Dilatação da aorta ascendente: A VAB está associada a um risco aumentado de aneurismas da aorta ascendente.
  • Endocardite infecciosa: Infecção das válvulas cardíacas.

Tratamentos

O tratamento da VAB depende da gravidade das manifestações clínicas e das complicações presentes.

As opções incluem:

  • Monitoramento clínico e ecocardiográfico regular para pacientes assintomáticos ou com sintomas leves.
  • Tratamento medicamentoso para controlar a pressão arterial e reduzir a carga de trabalho do coração.
  • Intervenção cirúrgica, como valvuloplastia ou substituição da valva, em casos de estenose ou insuficiência significativa.
  • Cirurgia para reparo ou substituição da aorta em casos de dilatação grave.

Prognóstico

O prognóstico para pacientes com VAB varia conforme a gravidade da condição e a presença de complicações.

Com monitoramento e tratamento adequados, muitos pacientes podem ter uma expectativa de vida normal.

No entanto, a necessidade de intervenções cirúrgicas e o risco de complicações a longo prazo, como a dissecção aórtica, devem ser continuamente avaliados.

Atividade física em pacientes com Valva Aórtica Bicúspide

A prática de atividade física em pacientes com VAB deve ser cuidadosamente avaliada e personalizada.

Recomenda-se:

  • Avaliação cardiológica completa antes de iniciar qualquer programa de exercícios.
  • Atividades físicas moderadas, como caminhada e natação, são geralmente seguras para pacientes assintomáticos ou com sintomas leves.
  • Evitar exercícios intensos e competitivos em pacientes com estenose aórtica significativa, insuficiência aórtica grave ou dilatação aórtica.
  • Monitoramento regular por um cardiologista para ajustar as recomendações conforme necessário.

Por que consultar um cardiologista pediátrico?

1. Diagnóstico preciso

O diagnóstico precoce e preciso da VAB é fundamental para iniciar um plano de cuidados adequado.

Um cardiologista pediátrico possui o conhecimento e as ferramentas necessárias para identificar a condição de forma eficaz e determinar a gravidade e as possíveis complicações associadas.

2. Monitoramento contínuo

Pacientes com VAB precisam de monitoramento regular para acompanhar a evolução da condição e detectar precocemente qualquer sinal de complicações, como estenose ou insuficiência aórtica, além de dilatação da aorta.

Exames regulares, como ecocardiogramas, são essenciais para avaliar a função valvar e a integridade estrutural do coração.

3. Orientação sobre atividades físicas

Um cardiologista pediátrico pode fornecer orientações específicas sobre a prática de atividades físicas, garantindo que a criança permaneça ativa de maneira segura.

Exercícios adequados podem melhorar a saúde cardiovascular geral sem colocar em risco a função cardíaca.

4. Intervenção oportuna

Se for necessária uma intervenção, seja medicamentosa ou cirúrgica, o cardiologista pediátrico estará preparado para recomendar as melhores opções de tratamento.

Intervenções precoces podem prevenir complicações graves e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.

5. Educação e suporte

O acompanhamento com um cardiologista pediátrico também oferece uma oportunidade para que os pais e responsáveis aprendam mais sobre a VAB, entendam os sinais de alerta e saiba como apoiar a saúde cardíaca da criança no dia a dia.

Conclusão

A valva aórtica bicúspide é uma condição congênita comum que pode levar a complicações significativas ao longo da vida.

O diagnóstico precoce e o manejo adequado são essenciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.

A avaliação cuidadosa da atividade física é crucial para garantir a segurança e o bem-estar dos indivíduos afetados.

Consultar regularmente um cardiologista pediátrico é crucial para garantir que as crianças com VAB recebam o cuidado necessário para viver de forma saudável e ativa.

Não subestime a importância dessas consultas – elas são a chave para um futuro mais seguro e saudável para seu filho.

Para mais informações ou para agendar uma consulta, entre em contato com um cardiologista pediátrico de sua confiança.

Qual médico(a) procurar em caso de Valva Aórtica Bicúspide?

Dra. Marina Fantini é altamente qualificada e carrega consigo um amplo conhecimento nas áreas de pediatria e cardiologia.

É coordenadora da Cardiologia Pediátrica e ECMO na Rede Mater Dei, CEO da Ecmo Minas, professora do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da pós-graduação no Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte.

É também membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Especialista em ECMO pela ELSO.

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Gislene Gonçalves

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Michelle Lacerda

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